O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, foi atingido por uma campanha de censura por parte da rede social Twitter, depois que ele publicou mensagens criticando as vacinas contra o SARS-CoV-2 dos EUA, Reino Unido e França.
O chefe de Estado postou em sua conta na língua inglesa que "a importação de vacinas feitas nos EUA ou no Reino Unido é proibida. Elas não são de maneira nenhuma confiáveis. Não é improvável que eles queiram contaminar outras nações. Dada nossa experiência com o fornecimento de sangue contaminado pelo VIH na França, as vacinas francesas também não são dignas de confiança".
No entanto, o Twitter não eliminou uma publicação semelhante em persa que não mencionava a alegada contaminação. Esta afirmação do líder iraniano teria sido a razão da eliminação dos tweets pela rede social.
As novas regras de uso do Twitter, implementadas em dezembro de 2020, prescrevem que mensagens que digam que as vacinas "são usadas para causar danos intencionais ou controlar populações, incluindo declarações sobre vacinas que refiram uma conspiração deliberada" seriam proibidas.
Ayatollah Khamenei is still allowed on Twitter & Instagram but Donald Trump is not. Think about that.
— Charlie Kirk (@charliekirk11) January 7, 2021
O aiatolá Khamenei ainda é permitido no Twitter e Instagram, mas Donald Trump não é. Pense sobre isso.
Alguns dos usuários criticaram a ação do Twitter, invocando a mais recente onda de censura contra o presidente norte-americano.
Twitter may ban me for this but I willingly accept that fate: Your decision to permanently ban President Trump is a serious mistake.
— Lindsey Graham (@LindseyGrahamSC) January 9, 2021
The Ayatollah can tweet, but Trump can’t. Says a lot about the people who run Twitter.
O Twitter pode me banir por isso, mas aceito de bom grado esse destino: sua decisão de banir permanentemente o presidente Trump é um erro grave.
O aiatolá pode tweetar, mas Trump não pode. Isto diz muito sobre as pessoas que dirigem o Twitter.
Na sexta-feira (8) Teerã proibiu a importação de vacinas do Reino Unido e dos EUA, e neste sábado (9) também proibiu que empresas do exterior testem vacinas contra o coronavírus em cidadãos do Irã, relatou a agência Reuters.
Depois da invasão do Capitólio em Washington por apoiadores de Trump, que resultaram na morte de cinco pessoas, quatro manifestantes e um policial, as contas no Twitter de Donald Trump, ainda presidente dos EUA, bem como de alguns de seus aliados, foram restringidas e depois banidas da plataforma.