Segundo o epidemiologista, os estudos comprovaram que a nova variante, nomeada 501Y.V2, se liga mais rápida e fortemente às células humanas. Karim notou que, em consequência, a contagiosidade da cepa sul-africana é cerca de 50% superior à das mutações anteriores.
Além disso, durante estudos com anticorpos de pacientes recuperados, percebeu-se que os anticorpos contra as mutações do vírus anteriores demonstram menor eficácia em relação à 501.V2.
No entanto, Karim ressaltou que ainda não existem provas sobre uma patogenicidade maior da cepa.
© Foto / Sai Li / Universidade de TsinghuaRepresentação artística sobreposta sobre uma imagem de diversos vírus SARS-CoV-2
Representação artística sobreposta sobre uma imagem de diversos vírus SARS-CoV-2
© Foto / Sai Li / Universidade de Tsinghua
A cepa 501Y.V2 foi identificada por cientistas sul-africanos no fim do ano passado, sendo considerada a causadora principal da segunda onda da COVID-19 na África do Sul, que atingiu novo pico de casos diários, ultrapassando 21 mil casos no início de janeiro.
Além da África do Sul, o Reino Unido e o Brasil declararam o surgimento de novas cepas do SARS-CoV-2 em seus países.