Durante as escavações no sítio arqueológico de 500 anos de antiguidade ao norte do Peru, um grupo de especialistas descobriram tumbas de crianças que pertenceram à elite inca, sugerem os cientistas, segundo Ministério da Cultura.
A descoberta aconteceu no mês passado, como parte dos trabalhos de conservação e restauração do complexo conhecido como Huaca Las Abejas, no sítio arqueológico de Túcume, onde os trabalhos começaram em 2017.
"Na etapa 2020 foi descoberto na zona do cemitério um segundo nível de sepultamentos, registrando-se dois enterros de crianças e de uma lhama sem sinais de sacrifício", segundo o comunicado.
As crianças foram enterradas perto de restos de outras pessoas identificadas como membros da elite inca, disse o arqueólogo José Escudero. "De acordo com o tipo de sepultamentos, as tumbas encontradas denotam o grau de importância que tinham", afirmou o arqueólogo.
As lhamas foram domesticadas pelos incas para lhes fornecer carne e lã. Além dos restos da lhama, foram encontrados utensílios de cerâmica, conhecidos por serem usados pela elite.
Os pesquisadores puderam determinar a data quando as crianças foram enterradas ao estudar a sedimentação debaixo das tumbas, que acreditam terem sido criada pelas fortes chuvas durante o Império Inca, há 500 anos.
Os novos vestígios foram adicionados a outros 45 sepultamentos e fardos funerários da nobreza inca encontrados durante escavações anteriores.
Túcume é um complexo arqueológico localizado a 780 quilômetros ao norte de Lima, capital do Peru, formado por restos de numerosas pirâmides de barro que os historiadores sugerem terem servido como centro administrativo e cerimonial.
Estima-se que o sítio foi criado em torno de 1100 d.C. e absorvido pelo Império Inca em 1500 d.C.. Na mesma zona, também habitou a cultura Lambayeque.