A denúncia de que órgãos do governo federal gastaram mais de R$ 15 milhões com leite condensado em 2020 virou motivo de piada, mas também pode gerar uma investigação no Tribunal de Contas da União.
Segundo reportagem do site Metrópoles, o gasto global do Executivo federal com alimentos e bebidas registrou um aumento de 20% em relação a 2019. Neste total estão ainda despesas de cerca de R$ 2,2 milhões com chicletes e R$ 32,7 milhões com pizza e refrigerante, por exemplo.
Em documento protocolado no TCU, o senador Alessandro Vieira e os deputados federais Tabata Amaral e Felipe Rigoni argumentam que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa.
"Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados", diz um trecho da representação.
Representantes do PSOL, o deputado David Miranda e as deputadas Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Vivi Reis protocolaram uma ação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, abra investigação sobre os gastos de R$ 1,8 bilhão, escreve o Estado de São Paulo.
Assinei, junto com @davidmirandario, @fernandapsol e @vivireispsol um pedido para que a PGR investigue gastos do governo Bolsonaro na casa de R$1,8 bilhão com alimentos e bebidas. Só com chicletes, vinhos e frutos do mar os gastos chegam a quase R$11 milhões. Escandaloso!
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) January 26, 2021
Nas redes sociais, a deputada Joice Hasselmann escreveu:
Protocolei, hj,pedido de AUDITORIA dos cartões corporativos do governo @jairbolsonaro devido ao aumento constante com gastos supérfluos.
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) January 27, 2021
ISTO É IMORAL!
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle deve uma resposta ao povo brasileiro. pic.twitter.com/LduV0j7qO7