O Pentágono segue em tratativas com o Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países), mas não está satisfeito com o fracasso do grupo em cumprir seus compromissos.
"Não houve qualquer decisão agora sobre como será a presença das forças [no Afeganistão] daqui para frente", disse a repórteres o secretário de Imprensa do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, nesta quinta-feira (28).
O acordo dos EUA com o Talibã estabelece que o grupo deve deixar de lado o terrorismo, reduzir a violência e se envolver em negociações com Cabul. Por outro lado, os EUA vão retirar suas tropas do país caso o Talibã não permita que o Afeganistão se torne um refúgio terrorista.
Kirby destacou que o prazo final para o cumprimento do acordo pelas duas partes é no início de maio. O secretário de Imprensa do Departamento de Defesa dos EUA ressaltou que, sem que o Talibã cumpra seus compromissos, é difícil prever qual será a decisão sobre a permanência ou a retirada das tropas.
"Mas ainda estamos comprometidos com isso [o acordo], não há dúvida sobre isso", disse Kirby.
O Departamento de Estado disse no início desta quinta-feira (28) que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou por telefone com o presidente afegão Ashraf Ghani e o informou que os Estados Unidos estão revisando o acordo com o Talibã.
Em novembro de 2020, o Pentágono anunciou a redução de forças militares norte-americanas no Afeganistão de 4.500 a 2.500 soldados até meados de janeiro. Com a saída dos EUA, a Índia quer fornecer ajuda militar ao Afeganistão na luta contra o terrorismo.