Os serviços do BRT, importante sistema de ônibus da zona oeste do Rio de Janeiro, não estão funcionando desde o fim da madrugada desta segunda-feira (1º). Devido a uma paralisação dos motoristas, quase todas as estações dos três corredores permaneceram fechadas.
Em função dos impactos na mobilidade, o Centro de Operações Rio informou que a cidade entrou em estágio de atenção às 6h30. Este é o terceiro nível em uma escala de cinco, com riscos de ocorrências em diferentes regiões.
O consórcio que opera o transporte afirma que as empresas atravessam um momento de grave crise financeira, que ficou pior com a pandemia e a queda no volume de passageiros. Com isso, os funcionários não estariam recebendo seus salários.
"Chegamos no limite. Hoje, não há dinheiro em caixa do BRT, e estamos diante da incapacidade de honrar o pagamento daqueles que fazem o BRT funcionar", disse o presidente do BRT, Luiz Martins, conforme noticiou o portal G1 no último final de semana.
Solução momentânea
Os moradores da cidade que habitualmente utilizam o BRT tiveram que encontrar outras maneiras para o deslocamento nesta manhã de segunda-feira (1°). Uma opção são os ônibus regulares, que tentam atender a população nos pontos do BRT. De acordo com o G1, porém, há filas enormes nos locais e muitas pessoas sem máscara.
Outra saída é pegar ônibus executivos, que custam R$ 17, valor quatro vezes maior que a tarifa básica do BRT, que hoje é de R$ 4,05. A procura por vans e aplicativos de transporte também subiram.
Como funciona o BRT
O sistema Bus Rapid Transit (BRT) do Rio possui um total de três corredores com vias exclusivas para ônibus articulados. Em cada uma das estações, os passageiros pagam a tarifa de R$ 4,05 para embarcar.
O corredor Transoeste cruza a Zona Oeste, ligando Santa Cruz e Campo Grande à região da Barra da Tijuca, passando por Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes.
A Transcarioca, por sua vez, conecta o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) à Barra da Tijuca pela Zona Norte. Já a Transolímpica une Deodoro à Barra.