Nesta quinta-feira (4), a Marinha dos EUA enviou um destróier de mísseis guiados pelo estreito de Taiwan pela primeira vez desde que Joe Biden assumiu a presidência dos EUA, segundo a CNN.
Em um comunicado, o porta-voz da 7ª Frota da Marinha dos EUA, Joe Keiley, disse que o navio USS John S McCain, baseado no Japão, fez o trânsito de rotina de acordo com a lei internacional.
"O trânsito do navio pelo estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos EUA com um Indo-Pacífico livre e aberto. Os militares norte-americanos continuarão a voar, navegar e operar em qualquer lugar que a lei internacional permitir", disse Keiley no comunicado.
Os navios de guerra dos EUA transitaram 13 vezes pela via navegável em 2020, de acordo com a 7ª Frota da Marinha. Essas navegações são interpretadas por Pequim como provocações que ameaçam a estabilidade na região ao encorajar os defensores da independência de Taiwan.
Nos dias 22 e 23 de janeiro, a China despachou duas grandes formações de aviões de guerra para perto da ilha, o que levou Taipé a tomar medidas defensivas, incluindo caças de combate para monitorar os voos chineses.
Os EUA mostraram forte compromisso com a defesa de Taiwan durante a administração do ex-presidente Donald Trump, e declarações recentes da administração Biden sugerem que não haverá retrocesso nessas ações.
"Há um compromisso bipartidário forte e longo com Taiwan. Parte desse compromisso é garantir que Taiwan tenha a capacidade de se defender contra agressões. E esse é um compromisso que perdurará absolutamente no governo Biden" disse o novo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, citado pela CNN.
Pequim continua a reivindicar total soberania sobre a ilha, apesar de os dois lados serem governados separadamente por mais de sete décadas.