De acordo com o comunicado publicado no site do MRE, o "embaixador do Reino da Suécia, advogado temporário dos assuntos da República da Polônia e o enviado da Embaixada da República Federal da Alemanha" foram convocados ao ministério russo.
Três diplomatas europeus da Alemanha, Polônia e Suécia foram considerados "personae non gratae" e em breve sairão do país, afirmou o Ministério das Relações Exteriores russo.
A decisão de expulsar os diplomatas europeus tem a ver com a participação dos mesmos em protestos sem autorização das autoridades em prol do opositor Aleksei Navalny, que decorreram em várias cidades da Rússia.
"Aos diplomatas foi apresentado protesto devido à participação registrada de funcionários diplomáticos dos consulados gerais do Reino da Suécia e da República da Polônia em São Petersburgo e da embaixada da República Federal da Alemanha em Moscou em ações não autorizadas em 23 de janeiro de 2021. Foi sublinhado que tais ações do lado deles são inaceitáveis e não correspondem ao status diplomático deles", conforme o comunicado.
"Foi exigida para eles [diplomatas] saída em breve do território da Federação da Rússia", afirmou o MRE russo.
A Rússia espera que as missões diplomáticas da Suécia, Polônia e Alemanha e todos os seus funcionários sigam rigorosamente as normas do direito internacional, declarou a chancelaria da Rússia.
Anteriormente, uma fonte em Moscou informou a jornalistas que um diplomata da Suécia participou de ações não autorizadas em São Petersburgo. A embaixada da Suécia afirmou que o funcionário estava apenas observando a marcha, de acordo com o jornal EU Observer, citando fontes da União Europeia.
Comentando a atitude de embaixadas estrangeiras com relação a ações não autorizadas na Rússia, a representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova, declarou que Moscou examinará cada caso.
Sem autorização das autoridades, protestos decorreram em várias cidades da Rússia em 23 e 31 de janeiro e em 2 de fevereiro, quando a Justiça da Rússia substituiu a pena suspensa de três anos e meio de prisão contra o opositor russo Navalny por uma pena efetiva. Pouco depois, alguns países, inclusive EUA, Alemanha, França e Reino Unido, apelaram ao governo russo para soltar Navalny.