Segundo dados de um estudo publicado na plataforma MedRxiv neste domingo (7), a variante britânica, conhecida como B.1.1.7, está se espalhando rapidamente nos Estados Unidos.
Os pesquisadores sustentam que a taxa de transmissão é de 30% a 40% maior do que as mutações mais comuns, dobrando a cada semana e meia. O estudo ainda não foi revisado por outros cientistas e nem publicado em revista científica, escreve o Washington Post.
Segundo os pesquisadores, a variante já foi encontrada em pelo menos 30 estados apenas no mês de janeiro.
Ministro da Saúde britânico afirmou que nova variante do SARS-CoV-2 identificada na África do Sul é mais preocupante do que a estirpe altamente infecciosa conhecida como B.1.1.7, que foi identificada no Reino Unido no mês passadohttps://t.co/uDjGPM8Ris
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 5, 2021
"Os EUA estão em uma trajetória semelhante à de outros países onde a B.1.1.7 rapidamente se tornou a variante SARS-CoV-2 dominante. É quase certo que ela se torne a linhagem dominante em março de 2021", diz o estudo.
"Os EUA ainda têm tempo para desacelerar a nova cepa do vírus, defendem os pesquisadores". Porém, alertaram que, sem "ação decisiva e imediata da saúde pública", a variante "provavelmente terá consequências devastadoras para a mortalidade e morbidade de COVID-19 nos EUA em alguns meses".
Os cientistas analisaram meio milhão de testes de coronavírus e 212 genomas. Os autores do estudo escreveram que a cepa estava dobrando a cada 12,2 dias na Califórnia, e 9,1 dias na Flórida. Se o cálculo estiver correto, mil ou mais pessoas podem ser infectadas com a variante todos os dias nos Estados Unidos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a B.1.1.7 está circulando em 80 países.