A informação foi noticiada por The Washington Post, apontando que o empresário faleceu em sua casa, em Los Angeles.
Flynt sofria de vários problemas de saúde desde uma tentativa de assassinato em 1978, que o deixou paraplégico.
Em outubro de 2017, ofereceu, em página inteira no The Washington Post, US$ 10 milhões (R$ 53,8 milhões) a quem fornecesse qualquer informação que levasse ao impeachment do então presidente Donald Trump. Era seu "dever patriótico", disse Flynt, acostumado a polêmicas e julgamentos, tendo construído sua reputação e fortuna na base da provocação.
Flynt adorava irritar seus críticos com brincadeiras, como usar uma fralda feita com uma bandeira americana para ir ao tribunal e se envolveu em várias batalhas judiciais, segundo publicou a Reuters.
Na mais famosa, a Suprema Corte dos Estados Unidos fez uma importante decisão baseada na Primeira Emenda em favor de Flynt em uma batalha por difamação contra o evangelista Jerry Falwell.
Flynt publicou um anúncio falso na Hustler que retratava Falwell dizendo que sua primeira experiência sexual foi com a mãe em um banheiro. Falwell processou e ganhou uma decisão de um tribunal inferior, mas em 1988 a Suprema Corte disse que o anúncio era uma paródia e protegido pelos padrões da liberdade de expressão.
Em seu apogeu, Flynt viveu uma vida de exageros sexuais. Ele escreveu em sua autobiografia que sua primeira experiência sexual foi com uma galinha e contou que fazia sexo a cada quatro ou cinco horas durante um dia de trabalho. Depois de ficar paralisado, Flynt fez uma cirurgia de implante peniano para que pudesse continuar a fazer sexo.
Flynt criou uma empresa que chegou a ter um faturamento estimado em US$ 150 milhões (R$ 808 milhões). Conforme a circulação das revistas diminuiu, ele se manteve à frente das tendências, investindo em canais de televisão voltados para adultos, um cassino, distribuição de filmes e mercadorias.