O comprimento do submarino nuclear é superior a 180 metros, tem mais 11 metros de comprimento que o submarino nuclear Typhoon, o maior até agora, e 12 metros mais que os submarinos norte-americanos da classe Ohio.
A história do gigante submarino
Embora oficialmente o submarino tenha sido lançado após a desintegração da União Soviética, em 24 de julho de 1992, a sua construção sofreu grandes alterações posteriormente.
Em 1997, a construção da embarcação e de dois outros navios irmãos foi suspensa devido à difícil situação econômica, tendo entretanto sido produzidos os submarinos da classe Borei.
Os trabalhos foram retomados em 20 de dezembro de 2012. Em 23 de abril de 2019, o Belgorod foi retirado do estaleiro para realizar vários testes e ser completado na água. A entrega do submarino à Marinha da Rússia está prevista para este ano, escreve o portal Izvestia.
No decorrer dos trabalhos de construção, o submarino passou por importantes modificações. Em particular, o seu casco foi aumentado em 30 metros devido à inserção de novos compartimentos, destinados a incorporar uma variedade de outros aparelhos submersíveis menores, bem como a liberá-los no meio marinho e recebê-los de volta.
Primeiro portador do Poseidon
O submarino nuclear Belgorod será o primeiro portador regular de uma nova arma de dissuasão estratégica: os drones subaquáticos nucleares Poseidon, conhecidos também como arma do Juízo Final.
O Poseidon é um veículo subaquático robotizado com sistema de propulsão nuclear, semelhante a um grande torpedo. Especialistas militares ocidentais estimam que o aparelho pese várias dezenas de toneladas.
Somente submarinos nucleares especiais podem ser equipados com esta arma.
O Poseidon pode ser utilizado para efetuar um ataque de retaliação nuclear contra o território de um possível inimigo no caso este atacar primeiro.
O drone nuclear submarino Poseidon, de 24 metros de comprimento, consegue atingir uma altíssima velocidade, inalcançável para um submarino comum, submergir à profundidade de um quilômetro e calcular de forma autônoma a melhor trajetória para chegar ao destino.
O sistema Poseidon já foi utilizado no submarino Sarov, mas também pode ser empregado de forma autônoma.
Outros sistemas robóticos
Além do Poseidon, a Rússia está construindo sistemas robóticos submarinos, em particular o veículo autônomo não tripulado Klavesin-2R-PM. Este drone subaquático é capaz de realizar trabalhos de pesquisa e exploração à profundidade de até 6.000 metros. Por exemplo, é capaz de encontrar sensores de sistemas de observação submarina.
O Belgorod é ainda portador das chamadas estações nucleares de águas profundas, que são submarinos menores, como o AS-31 Losharik. Estes veículos são projetados para efetuar uma ampla gama de trabalhos a profundidades de até 6.000 metros.
Em particular, o aparelho As-31 pode ser utilizado na busca de equipamento militar perdido, detectar ou instalar vários sensores submarinos e conectar ou destruir cabos de comunicação.