Pequim poderia estar comprando mais empresas aeroespaciais britânicas para ter acesso à tecnologia e aumentar seu desenvolvimento militar, avisou o Comitê da Defesa da Câmara dos Comuns em um relatório.
Os legisladores britânicos solicitaram que o Ministério da Defesa do Reino Unido investigasse as intenções da China de controlar empresas aeroespaciais britânicas "financeiramente frágeis", especialmente afetadas pela pandemia.
O relatório indica que, pelo menos, nove empresas, que contribuem para o Ministério da Defesa e para forças aliadas com componentes militares, já foram compradas pela China. Entre elas, encontram-se companhias que contribuem para a Força Aérea Real (FAR) com partes dos caças F-35B e dos aviões de transporte A400M Atlas, bem como outras empresas que trabalham com tecnologia espacial e na produção de veículos aéreos não tripulados.
Por essa razão, os membros do Parlamento britânico solicitam que investimentos estrangeiros na Defesa britânica devam provir apenas de indústrias de países integrantes da OTAN, ou de outros aliados do Reino Unido de fora da Aliança Atlântica.
O secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, foi aconselhado pelos legisladores a criar uma lista de países que deveriam ser proibidos de entrar na rede de Defesa do Reino Unido, apontando a China como uma das principais ameaças neste setor.