Ainda segundo o porta-voz, o general de brigada Zaw Min Tun, os protestos em andamento no país contra os militares estão incitando à violência e fazendo pressão ilegal sobre os servidores públicos civis.
Ao mesmo tempo, o representante militar afirmou que as Forças Armadas do país garantem a realização de eleições. Apesar da promessa de eleições, o general não anunciou nenhuma data para o sufrágio.
"Nosso objetivo é realizar uma eleição e passar o poder para o partido vencedor", disse Min Tun.
O general também disse que os militares do país "não tiveram nenhum outra opção" a não ser a tomada do poder.
Neste momento, está em vigor no país um estado de emergência com duração de um ano.
Enquanto isso, os militares afirmam que continuarão o caminho do acordo de "cessar-fogo nacional".
Militares no poder
No último dia 1° de fevereiro, os militares de Mianmar declararam o estado de emergência no país após a prisão de líderes políticos, incluindo o presidente Win Myint e a líder Aung San Suu Kyi.
A ação desencadeou protestos contra a classe militar tanto no país, quanto no exterior. De acordo com os militares, nas recentes eleições no país foram registradas fraudes.
Por sua vez, os EUA anunciaram nesta quarta-feira (10) sanções contra a liderança militar.