As variantes do coronavírus do Reino Unido e da Califórnia, EUA, podem ter se fundido, relata a revista New Scientist.
A nova versão surgiu após a cepa B.1.1.7, do Reino Unido, e a B.1.429, dos EUA, terem sido observadas em 2 de fevereiro em uma amostra do vírus no estado norte-americano da Califórnia, escreve a mídia. A variante é caracterizada pela maior transmissibilidade da B.1.1.7, em conjunto com a resistência a anticorpos da B.1.429.
Se for confirmada, será a primeira vez que é observada uma versão recombinada do SARS-CoV-2 durante a pandemia, depois que em dezembro e janeiro alguns pesquisadores disseram que ainda não viram evidências do fenômeno, apesar de ser algo esperado em coronavírus, e de muitos crerem que foi como ele surgiu.
"[...] Todos os coronavírus recombinam, então é uma questão de quando, não se", comenta Sergei Pond, da Universidade Temple na Pensilvânia, EUA.
Este desenvolvimento pode ter resultado do fato de as pessoas poderem ser infectadas com duas variantes, diz a mídia. "Podemos estar chegando ao ponto em que isto está acontecendo a taxas apreciáveis", continua Pond.
Uma recombinação também poderia torná-la mais perigosa que as variantes anteriores, refere a New Scientist.