Fuga da capital estrangeiro? As emissões de ações bateram recorde neste início de ano no Brasil. Nos primeiros 45 dias de 2021, 13 empresas fizeram sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na B3, a bolsa paulista.
Somando essas operações às emissões de ações de empresas que já estão na Bolsa, o volume movimentado chega a R$ 33 bilhões, escreve o jornal Estado de São Paulo citando, entre algumas razões para o fato, o apetite maior do investidor brasileiro por mais risco (um reflexo direto dos juros baixos) e a volta dos estrangeiros à Bolsa.
Há quem aponte um volume de mais de R$ 200 bilhões para 2021, ante uma projeção média anterior de R$ 150 bilhões. As projeções dos bancos consideram, além das ofertas iniciais de ações (os IPOs), as ofertas de ações conduzidas pelas empresas já listadas.
Em 2020, o volume financeiro de todas as operações no Brasil somou R$ 117 bilhões. Nos primeiros 45 dias de 2021, 13 empresas fizeram sua abertura de capital na Bolsa brasileira. Ou seja, em poucas semanas, o volume de ofertas de ações já bateu um quarto do volume total movimentado no ano passado.
Os números podem ainda ganhar um reforço caso a Caixa Econômica Federal cumpra a promessa de levar suas subsidiárias à B3, explica a publicação.
Capital estrangeiro
No ano, a Bolsa brasileira já recebeu a entrada líquida de R$ 25 bilhões de recursos estrangeiros, mantendo um movimento positivo que vem sendo observado desde outubro do ano passado.
As novatas na Bolsa de São Paulo neste começo de ano são: a CSN Mineração; a Westwing; a Espaçolaser; Intelbras; Eletromidia; Mobly; Cruzeiro do Sul; Orizon; Jalles Machado; Bemobi; OceanPact; Focus Energia; Mosaico.