O Instituto Gallup revelou uma curiosidade nesta quarta-feira (24) sobre a sociedade norte-americana: nunca foi tão grande o número de pessoas que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgênero ou queer (LGBTQ).
O Gallup entrevistou 15.000 estadunidenses com mais de 18 anos de idade e descobriu que, entre aqueles que se identificaram como LGBTQ, 54,6% disseram ser bissexuais, 24,5% eram gays, e 11,7% definiram-se como lésbicas.
O número daqueles que se dizem transgênero é 11,3%. Dos 15.000 entrevistados, 86,7% disseram ser heterossexuais. Porém, vale lembrar que os entrevistados puderam assinalar mais de uma opção para definir suas preferências sexuais.
Segundo a pesquisa, isso é um fator que potencializou a identificação LGBT pelas gerações mais jovens. O Gallup sustenta que um em cada seis membros adultos da Geração Z (aqueles com idade entre 18 a 23 anos) afirma ser da comunidade LGBTQ.
A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre ideologia política e identificação partidária. A pergunta revela que 13% dos liberais, 4,4% dos moderados, e 2,3% dos conservadores disseram ser lésbicas, gays, bissexuais ou transgênero.
Traduzindo para a questão bipartidária nos EUA, 8,8% desses são democratas, 6,5% independentes, e apenas 1,7% se disseram republicanos.
As mulheres são mais propensas do que os homens a se identificarem como LGBT (6,4% contra 4,9%). O Gallup acrescenta que, dado que as gerações mais jovens são muito mais propensas do que as gerações mais velhas a se considerarem LGBTQ, esse crescimento deve continuar.
"Na medida em que [a pesquisa] reflete que os norte-americanos mais velhos que não querem reconhecer uma orientação LGBTQ, as estimativas do Gallup podem subestimar a prevalência real dela na população", sustentam os autores.