A manifestação foi feita durante a reunião do governador do estado, Eduardo Leite, com prefeitos para tratar da suspensão do sistema de cogestão, que autoriza os municípios a adotarem medidas mais brandas em relação às bandeiras impostas pelo estado no combate à pandemia.
"A minha decisão é pela suspensão da cogestão. Eu vou ouvir os prefeitos, que, evidentemente, com seus argumentos, podem me convencer do contrário", disse o governador, citado pelo G1.
A secretária da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, mostrou preocupação ao alertar para o risco de colapso. Os hospitais do estado operam atualmente com ocupação de 91,8% dos leitos de UTI.
"Eu já estou enxergando o pico do Everest. Estamos aqui apavorados", afirmou Bergmann. Segundo ela, "não haverá leitos, especialmente de UTI, para atender a demanda, que é crescente".
Mais cedo nesta quinta-feira (25), o secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta, disse que o estado também está "entrando em colapso" no sistema de saúde. A maior taxa de ocupação de leitos de UTI foi atingida na quarta-feira (24), 91,18%, com 32 pacientes aguardando na fila de espera.
Nesta quarta-feira (24), o Brasil chegou à média móvel de 1.129 mortes nos últimos sete dias. Esta é a maior média registrada no país desde o início da pandemia.