"É uma história extremamente estranha com envolvimento de quatro Estados – EUA, Iraque, Irã e Síria, mas onde apenas um deles – os Estados Unidos – utiliza abertamente a força militar com autorização governamental [norte-americana]", notou o senador Konstantin Kosachev, que presidia o Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação.
De acordo com o senador russo, o ataque aéreo norte-americano à Síria acontece em meio aos disparos de mísseis contra a Zona Verde de Bagdá em 22 de fevereiro que ainda nem foram esclarecidos e que tiveram responsabilidade jogada em responsáveis da forma mais banal – um dos adversários geopolíticos dos Estados Unidos.
"Mais uma vez os Estados Unidos atribuem o direito de realizar o julgamento, proferir a sentença e executá-la fora do tribunal, sem cumprimento de normas e princípios do direito internacional. Deste modo, a história passa de estranha para francamente perigosa, pela possibilidade de escalada de confronto militar na região e falha de normalização da interação entre EUA e Irã no âmbito do JCPOA [Plano de Ação Conjunto Global, ou acordo nuclear]", concluiu o senador russo.
Anteriormente, o Pentágono declarou que ataque aéreo norte-americano em solo sírio resultou na destruição de instalações de grupos xiitas apoiados pelo Irã.
O ataque aéreo, nota o Pentágono, foi uma resposta aos recentes ataques a militares norte-americanos e a tropas da coalizão no Iraque. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, relatou que os militares norte-americanos se basearam em informações de inteligência do lado iraquiano e têm certeza absoluta na precisão do ataque aéreo.