A fala do representante do Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países) ocorre na data em que o Afeganistão comemora o Dia Nacional das Forças Armadas, 27 de fevereiro.
"Esses ataques violentos, dirigidos a civis, resultaram em 35 compatriotas inocentes, incluindo mulheres e crianças, mortos e 49 feridos, com outros 28 sequestrados em suas casas e presos", disse Mujahid em um comunicado publicado no site do Talibã.
De acordo com o porta-voz do grupo, o Exército afegão realizou um total de 43 ataques aéreos e terrestres em 24 províncias afegãs, incluindo Cabul, visando especificamente a infraestrutura civil.
"O Emirado Islâmico [o governo reivindicado pelo grupo terrorista] condena os ataques contra civis e suas casas nos termos mais fortes e insta as organizações humanitárias internacionais a mostrarem respostas contra essas brutalidades e a cumprirem suas obrigações para a prevenção [de ataques como esses]", disse Mujahid.
As negociações de paz entre o governo afegão e o Talibã começaram em Doha, no Qatar, em setembro de 2020, mas até agora não conseguiram pôr fim ao conflito. Pelo contrário, o Afeganistão testemunhou uma série de ataques a bomba e confrontos nos últimos meses, com os militares continuando a conduzir operações regulares contra o Talibã, que agora controla cerca de três quartos das terras afegãs.