No começo deste domingo (28), duas fontes diplomáticas, citadas pelo Wall Street Journal, haviam informado que o Irã recusou uma oferta da União Europeia e dos EUA para manter conversações diretas sobre um acordo nuclear nas próximas semanas.
"Considerando as recentes ações e declarações dos Estados Unidos e de três potências europeias, o Irã não considera este o momento de manter um encontro informal com esses países, o que foi proposto pelo chefe de política externa da UE", disse o porta-voz iraniano.
A Comissão Europeia confirmou anteriormente que a diplomacia europeia estaria trabalhando na convocação de uma reunião informal dos participantes do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) sobre o programa nuclear do Irã com representantes dos Estados Unidos.
Líder supremo iraniano afirmou que o país nunca cederia à pressão dos EUA sobre sua atividade nuclearhttps://t.co/OzsKS5Ld4T
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 23, 2021
Os EUA também haviam anunciado seu interesse em negociações com o Irã sob os auspícios da UE e com a participação dos "seis" mediadores internacionais, que incluem Moscou e Pequim. Em resposta à declaração de Washington, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, pediu novamente aos Estados Unidos que suspendessem as sanções contra Teerã.
O Plano de Ação Conjunto Global, concluído em 2015 por Reino Unido, Alemanha, China, Rússia, EUA, França e o Irã, prevendo a suspensão das sanções em troca de limitar o programa nuclear de Teerã não durou nem três anos: em maio de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu retirar-se unilateralmente e restaurar as sanções duras contra Teerã.