Reino Unido, França e Alemanha, coletivamente conhecidos como E3 no âmbito do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), abandonaram os planos de aprovar uma resolução atacadora do Irã por tentar recentemente reduzir a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), informou a agência Reuters, citando fontes diplomáticas.
A declaração teria sido feita durante uma reunião do conselho de governadores da AIEA.
Laurence Norman, repórter do jornal The Wall Street Journal em Bruxelas, Bélgica, indicou que "fontes" lhe disseram que a "cautela dos EUA" sobre a possível reação iraniana a uma resolução do E3 condenando Teerã "desempenhou um papel importante" na decisão dos países europeus. No entanto, houve relatos de que até mesmo Washington apoiou a proposta original.
Apelo do Irã
No mesmo dia 4, Hassan Rouhani, presidente do Irã, instou o E3 a reconhecer que foram as ações dos EUA, não as do Irã, as responsáveis pelos recentes passos de Teerã na esfera nuclear.
"A AIEA não é um lugar para jogos políticos, e os três países europeus deveriam perceber que a AIEA é uma instituição técnica, e [...] permitir que ela prosseguisse com seu trabalho técnico", disse o alto responsável de Teerã.
"Nossas atividades nucleares são 100% pacíficas como sempre, e a AIEA está prosseguindo com seu trabalho de monitoramento" da atividade nuclear do país, acrescentou o presidente.
Rouhani frisou que a remoção das sanções permitiria ao país persa aumentar a verificação realizada pela agência.
Espera-se que Rafael Grossi, diretor da AIEA, realize uma coletiva de imprensa no final do dia.