Foi encontrada em um paciente no estado norte-americano do Oregon uma nova cepa do coronavírus que poderia ter propagação mais rápida e contornar a proteção fornecida por vacinas contra a COVID-19, revela o jornal The New York Times.
Segundo os dados iniciais, a cepa, encontrada na cidade de Portland, se desenvolveu espontaneamente na comunidade e não foi "importada" de nenhum outro lugar do mundo, apesar de The New York Times relatar ser "uma versão doméstica de uma variante de difusão rápida do coronavírus que surgiu pela primeira vez na Grã-Bretanha."
A cepa B.1.1.7 do SARS-CoV-2 foi descoberta inicialmente no Reino Unido, sabendo-se que é uma versão mais contagiosa e letal que as anteriormente conhecidas, e já se espalhou nos EUA, onde foram detectados até agora 2.500 casos em 46 estados.
No entanto, a própria cepa tem uma mutação, E484K, que cientistas têm notado possuir maior resistência a vacinas. Isso levou os fabricantes das vacinas das farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna a testar novas versões de suas vacinas, por exemplo, para a cepa da África do Sul.
Apesar de tudo, o efeito futuro de uma eventual cepa do Oregon que se espalhe é desconhecido, pois a cepa do Brasil acabou por se enfraquecer justamente pela presença de outras variantes, apesar de também conter a mutação E484K.