Em entrevista à TV Bandeirantes, Bolsonaro disse que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin é "ruim para o Brasil" por descredenciar o sistema judiciário.
"Descrédito para a Justiça é muito ruim para o Brasil" afirmou o presidente.
Bolsonaro afirmou ainda que acredita que a decisão monocrática passará "no mínimo" pela Segunda Turma do STF, que é formada por Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Kássio Nunes Marques e Gilmar Mandes, além de Fachin.
"A partir do momento que você diga que o Lula [...] Que foi tudo anulado, é dizer que não houve petrolão, não houve roubalheira em várias estatais", disse Bolsonaro.
A decisão de Fachin anula todos os processos que envolvem o ex-presidente Lula na Lava Jato: os casos do tríplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e também das doações ao Instituto Lula. Esses processos agora serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que deve reavaliar a validade das provas.
É esperado, no entanto, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) recorra da decisão de Fachin.
Além de Bolsonaro, quem também reagiu à decisão de Fachin foi o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Deixando críticas ao ex-juiz Sergio Moro, Lira disse que Lula "pode até merecer" a anulação, mas "Moro, jamais". A decisão de Fachin supostamente retira o objeto das ações de suspeição contra o ex-juiz, mas o julgamento no STF ainda pode acontecer.