Adicionalmente, Gantz sublinhou que Israel está pronto para agir mesmo sem a aprovação de aliados ou quaisquer outros Estados.
Teerã, por sua vez, afirmou que terá em sua mira duas grandes cidades israelenses se Tel Aviv atacar a República Islâmica, segundo o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami.
"Às vezes, [Israel] faz grandes acusações contra a República Islâmica do Irã por desespero para, alegadamente, ameaçá-la, mesmo [Tel Aviv] sabendo […] que se fizer algo de errado, arrasaremos Tel Aviv e Haifa até o chão", ressaltou o ministro iraniano em discurso no domingo (7), citado pelo The Times of Israel.
De igual modo, Hatami sublinhou que, hoje em dia, o Irã é capaz de proteger sua "estabilidade", bem como detém poder brando suficiente para garantir a segurança de sua nação.
Israel tem repetidamente acusado o Irã de delinear planos de construção de armas nucleares, mesmo a nação persa tendo se comprometido em limitar seu programa nuclear sob o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em 2015, tendo o último sido posto em causa em 2018, quando Trump retirou unilateralmente os EUA do tratado.
Por sua vez, o Irã sempre rejeitou tamanhas acusações, insistindo que a natureza de seu programa nuclear é pacífica. Por outro lado, a utilização de armas nucleares seria, de acordo com as autoridades sêniores iranianas, contra a religião oficial do Irã – o islã.
Além disso, a República Islâmica também chama a atenção à dicotomia hipócrita que a comunidade internacional impõe ao Irã em comparação com Israel no campo nuclear. O Estado judeu, contrariamente ao Irã, nunca se juntou ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, e tem resistido em confirmar ou negar suspeitas de possuir um arsenal nuclear.