"Foi uma surpresa encontrar a desconhecida construção viking enterrada", afirmou à emissora SVT o arqueólogo Douglas Bolender.
Arqueólogos dos EUA e da Islândia tentam há dez anos mapear o conjunto de Skagafjorour, uma área ao norte da Islândia onde acredita-se que muito vikings tenham vivido. A fazenda de Gudrid foi descoberta próximo de dois cemitérios.
"Podemos ver completamente a casa da fazenda que está em ruínas. Mas muitas camadas de solo foram depositadas que não podemos ver nada além dos campos", afirmou.
De acordo com as sagas islandesas, Gudrid Thorbjarnardottir foi uma das maiores navegadoras da Idade Média, navegando ao lado dos mais famosos vikings, como Erik, o Vermelho (fundador dos assentamentos na Groenlândia) e Leif Eriksson (seu filho, conhecido como o primeiro europeu a pisar na América do Norte).
Vikings eram uma cultura, não um grupo étnico nórdico, descobre estudohttps://t.co/Mgy6Pl8ceV
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) September 17, 2020
A lendária viking aparece na Saga de Erik, o Vermelho, e na Saga dos Groenlandeses, conhecidas como as Sagas da Vinlândia.
Ela e seu marido Thorfinnur Karlsefni lideraram uma expedição para Vinlândia, onde o filho deles Snorri Thorfinnsson nasceu. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro europeu nas Américas, fora da Groenlândia.
"Ela tem uma origem muito humilde, seu avô era um escravo liberto. Mas ela ainda conseguiu fazer diversas viagens espetaculares para o Novo Mundo e se tornar uma ótima viajante, que resultou em muito respeito", afirmou o historiador Bo Eriksson.
Posteriormente, Gudrid se converteu em cristã, fazendo parte de uma peregrinação a Roma, onde se tornou uma freira e passou a viver em uma igreja da região como uma eremita.
Antes de partir a Roma, ela atravessou o Atlântico aproximadamente 500 anos antes de Cristóvão Colombo.
Hoje, há diversos monumentos de Gudrid na Islândia e no Canadá.