O ministro da Saúde da Polônia, Adam Niedzielski, anunciou na quarta-feira (17) que a Polônia estava entrando em um lockdown nacional até o dia 9 de abril. Com isso, hotéis, cinemas, teatros, museus, academias e centros comerciais foram fechados.
Diante das medidas, centenas de poloneses se reuniram neste sábado (20) no centro de Varsóvia para protestar contra o lockdown. Segundo um correspondente da Sputnik na capital polonesa, os manifestantes carregam cartazes com frases como "não nos mate e nem mate nossa empresa" ou "parem com a falsa pandemia".
Alguns dos manifestantes ignoram o uso obrigatório de máscaras de proteção contra o novo coronavírus, enquanto a polícia continua alertando os manifestantes que reuniões de mais de cinco pessoas estão proibidas.
Entre as demandas dos participantes do protesto estão pedidos para que o governo permita o retorno ao trabalho em meio à pandemia e pague indenizações às empresas afetadas. Os manifestantes também temem que os setores do turismo, da gastronomia e da hotelaria, além de outras indústrias, venham à falência de uma vez por todas.
Apesar de fechar boa parte do comércio, as regras de bloqueio impostas pelo governo polonês deixaram abertos estabelecimentos como mercearias, farmácias, livrarias e lojas de produtos para animais domésticos. Além disso, cafés, bares e restaurantes continuarão funcionando, mas apenas com pedidos para retirada e sem permanência no local.
Conforme os dados da Universidade Johns Hopkins, a Polônia tem 2.036.700 casos confirmados de COVID-19 e quase 50 mil mortes causadas pela doença. A vacinação contra o novo coronavírus já teve início no país e, segundo levantamento do site Our World in Data, cerca de 4,9 milhões de poloneses já receberam ao menos uma dose da vacina. A Polônia tem cerca de 38 milhões de habitantes.