Os testes de mísseis representam o primeiro desafio direto do líder norte-coreano Kim Jong-un ao presidente Biden, escreve o The Washington Post. A reportagem afirma que os assessores de Joe Biden ainda não delinearam sua abordagem à ameaça nuclear da Coreia do Norte.
Durante semanas, oficiais de defesa dos EUA advertiram que a inteligência indicava que a Coreia do Norte poderia realizar testes de mísseis.
O Norte levantou suas queixas sobre os exercícios militares dos EUA na semana passada, quando a irmã de Kim advertiu que se o governo Biden "quer dormir em paz pelos próximos quatro anos, é melhor não espalhar 'cheiro de pólvora'".
Ainda nesta terça-feira (23), mais cedo, foi reportado que a Coreia do Sul e os EUA observam de perto a movimentação armamentista da Coreia do Norte em meio a sinais de lançadores de foguetes sendo implantados na ilhota de Changrin, localizada na fronteira entre as duas Coreias.
Acredita-se que os lançadores de foguetes representem maiores ameaças à Coreia do Sul do que canhões costeiros.
Coreia do Sul e EUA estão de prontidão ante a movimentação de lançadores de foguetes pela Coreia do Norte na ilhota de Changrin, na fronteira entre as duas Coreias https://t.co/37CkuAnVc4
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 23, 2021
Vale lembrar que em um esforço para isentar o governo de possíveis críticas, funcionários do governo Biden contataram a Coreia do Norte por meio de vários canais a partir de meados de fevereiro, mas não receberam resposta.
A vice-ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son-hui, confirmou que os EUA tentaram recentemente retomar o diálogo com Pyongyang, mas descartou o esforço como um "truque barato", afirmando que Pyongyang não responderá até que Washington abandone as políticas hostis contra o país asiático.
"Não achamos que haja necessidade de responder ao truque de atraso dos EUA novamente", disse Choe.