Noruega suspende venda de subsidiária da Rolls Royce a empresa da Rússia 'por questões de segurança'

© REUTERS / Toby MelvilleLogotipo da empresa Rolls-Royce em Bristol, Reino Unido, 17 de dezembro de 2015
Logotipo da empresa Rolls-Royce em Bristol, Reino Unido, 17 de dezembro de 2015 - Sputnik Brasil, 1920, 23.03.2021
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Após a intenção ter sido revelada pela primeira vez em 9 de março, Oslo determinou finalmente que não permitirá o negócio por envolver tecnologias de "grande importância estratégica militar".

Noruega bloqueou por razões de segurança a venda da empresa Bergen Engines, uma subsidiária do Grupo Rolls Royce, que fabrica motores a gás e diesel de média potência, à empresa russa Transmashholding (TMH, na sigla em inglês), de acordo com a agência Reuters.

Monica Maeland, ministra da Justiça da Noruega, explicou, citada pelo portal E24, que os proprietários do Grupo TMH estão vinculados às autoridades russas.

"A venda teria fortalecido a capacidade militar russa de uma forma que estaria claramente em conflito com os interesses da política de segurança da Noruega e de seus aliados", alegou a ministra.

Falando no Parlamento, Maeland lembrou que Oslo não coopera com Moscou no campo da segurança.

Bergen Engines é especializada na fabricação de motores a gás e diesel com uma potência elétrica de 1.400 a 11.830 kW.

A transação do Rolls Royce com o Grupo TMH, avaliada em cerca de € 150 milhões (aproximadamente R$ 981,6 milhões), previa a venda de Bergen Engines, incluindo uma fábrica de fundição, uma oficina de reparos, o escritório do projeto e a rede de centros de manutenção em sete países.

A princípio, a transação não estava sujeita a controle de exportação, mas o Ministério da Justiça norueguês concluiu que teria permitido à Rússia o acesso a habilidades e tecnologias de "grande importância estratégica militar", apesar das sanções impostas pelo Ocidente. A intenção de recusar a venda foi expressa pela primeira vez em 9 de março.

Desde março de 2014, os EUA, a União Europeia (UE) e alguns de seus aliados estabeleceram sanções individuais e setoriais, incluindo sanções de armas, contra a Rússia em conexão com a crise política na Ucrânia na época.

A Rússia assegura que não é parte do conflito na Ucrânia, e que as sanções são contraproducentes. Desde agosto de 2014 que Moscou mantém um embargo a algumas importações agroalimentares dos EUA, da UE e de outros países que aderiram a estas restrições, incluindo a Noruega, em resposta.

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