China afirma que sanções dos EUA facilitaram a disseminação de COVID-19 no mundo

© REUTERS / Juan MedinaMédicos saem com paciente infectado por COVID-19 em emergência, Madri, Espanha, 12 de fevereiro de 2021
Médicos saem com paciente infectado por COVID-19 em emergência, Madri, Espanha, 12 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2021
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China lista uma série de ações norte-americanas que violariam os direitos humanos, evidenciando que uma delas são as sanções unilaterais por parte dos EUA diante da maior crise de saúde global já registrada.

No documento intitulado Relatório sobre Violações de Direitos Humanos nos Estados Unidos em 2020, elaborado pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China e divulgado nessa quarta-feira (24) pelo Global Times, o governo chinês aponta que as sanções unilaterais dos EUA, impostas contra vários países, fragilizaram o combate internacional à pandemia e contribuíram para a propagação da infecção em todo o mundo.

De acordo com o relatório, a imposição de novas restrições a países sancionados dificultou o acesso de nações ao fornecimento de equipamentos médicos necessários, justamente quando "teria chegado o momento-chave para saúde global e o bem-estar da humanidade diante da pandemia".

"Em um momento crítico quando a COVID-19 se espalhou globalmente […] todos os países deveriam trabalhar juntos para responder à pandemia e manter a segurança da saúde pública global. No entanto, o governo dos Estados Unidos ainda impôs sanções unilaterais a países como Irã, Cuba, Venezuela e Síria, o que tornou difícil para esses países sancionados obterem os suprimentos médicos antipandêmicos necessários em tempo hábil", diz o relatório.

Sobre pandemia, o relatório também evidenciou a falha do governo norte-americano em controlar a onda de casos dentro do seu próprio país, ainda que o mesmo alegue ser o "mais abundante em recursos médicos e capacidade de saúde". E adiciona que a resposta dos EUA diante do vírus "foi caótica, levando-os a liderar o mundo no número de casos confirmados de COVID-19 e mortes relacionadas" e que "a inação do governo conduziu à propagação descontrolada da pandemia" enquanto "os líderes nacionais se esquivaram de sua responsabilidade por arrogância"

Além das sanções e da reação dos Estados Unidos perante à pandemia, o documento também cita uma série de outras ações norte-americanas que manchariam os direitos humanos, como a retirada do país da Organização Mundial da Saúde e dos Acordos de Paris, o assassinato do cidadão norte-americano George Floyd, as vendas de armas e tiroteios que atingiram recordes, entre outras ações e acontecimentos.

O documento insta as autoridades norte-americanas a acabarem com a política de restrições, que prejudicam a cooperação internacional na área da saúde, dificulta o acesso de vários países ao mercado de medicamentos em meio à disseminação do coronavírus, além de agravar a situação humanitária nas nações gerando conflitos internos.

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