Nesta quinta-feira (25), os Estados Unidos se encontraram em uma situação delicada com o Japão quando o capitão do Comando Indo-Pacífico dos EUA (USINDOPACOM, na sigla em inglês), Mike Kafka, usou o termo "mar do Leste" e não "mar do Japão" para se referir à cunha de mar entre o Japão, a Rússia e a península coreana.
O comentário causou impacto nos japoneses que prezam pelo termo mar do Japão, de acordo com a Reuters.
Mike Kafka mencionou a região ao dizer que estava inteirado sobre os mísseis balísticos lançados pela Coreia do Norte na área.
"Estamos cientes dos lançamentos de mísseis norte-coreanos esta manhã no mar do Leste", disse Kafka citado pela mídia.
Tóquio se pronunciou através do vice-secretário-geral da Câmara dos Representantes do Japão, Manabu Sakai, quando hoje (25), em entrevista coletiva, disse que nomear as águas de mar do Leste era "inapropriado", de acordo com a mídia.
"A posição do Japão sobre esta questão é que 'mar do Japão' é o único nome oficial e internacional para este corpo de água. Já deixamos nossa posição clara para os Estados Unidos e, no momento, estamos solicitando uma correção", disse Sakai citado pela mídia.
A saia justa entre os dois países pode pertubar um florescente namoro entre as duas nações, permeado por ajudas mútuas em treinamentos militares e forte aliança diplomática para enfrentar a China. A união é tão firme que gerou comentários em Pequim, o qual acusou o Japão de ser "apêndice estratégico dos EUA" e de estar "à disposição dos prazeres do governo norte-americano".
A Coréia do Sul (que foi ocupada pelo Japão de 1910-1945), argumenta que a área deveria ser conhecida pelo que considera ser o nome neutro: mar do Leste.
O mar também é a localização de ilhas que tanto a Coreia do Sul quanto o Japão reivindicam. A Coreia do Sul, que administra as ilhas, as chama de Dokdo, enquanto o Japão as chama de Takeshima.