Missões diplomáticas de 12 países no território da Coreia do Norte pararam de funcionar temporariamente. Os diplomatas estrangeiros das embaixadas saíram da Coreia do Norte devido à difícil situação, informou a Embaixada da Rússia na Coreia do Norte.
"Já há cadeados nos portões das missões do Reino Unido, Venezuela, Brasil, Itália, Nigéria, Paquistão, Polônia, Suécia, Suíça e França, e já foram embora todos os funcionários de organizações internacionais humanitárias", conforme o comunicado.
A missão diplomática russa ponderou ser "possível entender" a saída dos diplomatas estrangeiros de Pyongyang.
"Nem todo mundo consegue suportar as rigorosas restrições sem precedentes, o forte déficit de bens necessários, inclusive de medicamentos, e a falta de possibilidade de resolver problemas de saúde", informou a embaixada da Rússia.
Ao todo, 38 cidadãos estrangeiros saíram da República Popular Democrática da Coreia, e menos de 290 estrangeiros continuam lá, segundo a embaixada da Rússia.
Nove embaixadores e quatro encarregados de negócios ficaram para representar seus países. O pessoal da maioria das embaixadas em funcionamento na Coreia do Norte foi reduzido ao mínimo.
As fronteiras da Coreia do Norte permanecem fechadas desde janeiro do ano passado devido à propagação da COVID-19. A República Popular Democrática da Coreia não divulga a estatística de casos confirmados do novo coronavírus. Pyongyang informou várias vezes que no país não há COVID-19.
Em julho de 2020, o líder norte-coreano Kim Jong-un relatou o primeiro caso suspeito de infecção pelo coronavírus. No entanto, a mídia sul-coreana JoongAng Ilbo afirmou que o primeiro caso na Coreia do Norte surgiu em fevereiro de 2020.