É o que mostra a experiência bem sucedida da cidade de Araraquara, no interior de São Paulo.
"O que pode ser feito é tomar vergonha na cara. As pessoas que estão na gestão têm que parar com essa história de que lockdown é um palavrão, que não se pode fazer, e que 'vamos salvar a economia'", analisa Domingos Alves, em entrevista à Sputnik Brasil https://t.co/hHcgm2Ki7t
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) March 26, 2021
No último mês, o país lamentou o aniversário da primeira morte provocada pela COVID-19 em território nacional, ocorrida em 17 de março de 2020. Também foi um mês de recorde de óbitos, de média móvel de mortes, de número de vítimas fatais diárias e de novos diagnósticos por dia.
A fim de frear o agravamento da pandemia, várias cidades brasileiras decidiram adotar medidas mais rígidas de distanciamento. E um exemplo para todo o país é o município de Araraquara, que, após o lockdown, conseguiu zerar o número de novas mortes pela doença na última quinta-feira (25).
"É um remédio amargo, mas importante para salvar vidas", afirma, em entrevista à Sputnik Brasil, o presidente do Conselho Municipal de Saúde de Araraquara, Haroldo Campos.
Segundo Campos, a medida extrema precisou ser colocada em prática porque o sistema de saúde da cidade já estava totalmente comprometido com o aumento no número de casos da COVID-19, com 100% de ocupação nas enfermarias e UTIs.
"Estávamos atingindo marcas muito altas em relação ao número de positivados. Chegamos a até 50%. Com a implantação do lockdown, esses índices baixaram e conseguimos uma marca de 7%, o que significa que o lockdown funcionou. Embora seja um remédio amargo, o lockdown é necessário para contermos a transmissibilidade do vírus."
A expectativa agora, segundo ele, é avançar com a vacinação na cidade, de maneira a imunizar a população o mais rápido possível.
COVID-19: Brasil terá pouco mais da metade das vacinas previstas em abril, diz ministrohttps://t.co/8dG4IMS0mj
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Pelo menos 12.748.747 pessoas já testaram positivo para o novo coronavírus desde o início da crise no Brasil, das quais ao menos 321.515 acabaram falecendo, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).