Rouhani reiterou ao público iraniano que o Irã retomaria de bom grado o cumprimento do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) de 2015, desde que a Casa Branca regresse como signatária e se comprometa com suas promessas, incluindo o cancelamento das sanções.
"Isto significaria um negócio vantajoso para ambas as partes, tanto para a região como para o mundo inteiro", declarou o presidente do Irã, citado pelo Press TV, referindo-se à potencial volta dos EUA. "Os norte-americanos não foram capazes de entender isso e falham em aproveitar esta oportunidade de ouro."
"Eles estavam arrastando seus pés, e agora estamos recebendo mensagens e notícias que mostram que esta nova administração [dos EUA] está longe da realidade sobre o Irã", adicionou Rouhani, notando que os oficiais norte-americanos manifestam "ausência de sabedoria" quando se trata da nação persa.
O líder iraniano continuou a enfatizar que, apesar de o Irã ser a única parte a levar o fardo do acordo, o país "seguiria o caminho de produção, desenvolvimento, moralidade e interação construtivo até ao fim".
Em 2018, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, saiu do JCPOA naquele momento após alegações não confirmadas de que Teerã havia violado seus compromissos com o acordo, sublinhando que o mesmo foi um fracasso do governo Obama.
O restante dos anos de Trump na presidência realizou uma chamada "campanha de pressão máxima" contra o Irã, quando, além de reimpor sanções à nação persa, os EUA também estabeleceram adicionais restrições financeiras contra instituições iranianas.
Deve-se notar que as declarações de Rouhani aconteceram dias após o surgimento de relatos de que a administração Biden está considerando a possibilidade de apresentar uma nova proposta para aliviar as tensões com o Irã. Relatórios indicaram que a proposta deveria ser divulgada logo esta semana, embora seja provável que Teerã incite Washington a simplesmente retornar ao JCPOA.
