Dos 25 aviões chineses que entraram na ADIZ de Taiwan, 18 deles eram caças e quatro eram bombardeiros, informou o Ministério da Defesa taiwanês, citado pela Reuters.
Esta foi a maior incursão realizada desde que Taiwan começou a reportar as incursões chinesas na região.
De acordo com a agência Taiwan News, desde meados de setembro de 2020 o Ministério da Defesa de Taiwan faz relatos quase diários sobre atividades militares chinesas em sua ADIZ.
A China tem endurecido a retórica sobre Taiwan, afirmando que "independência de Taiwan significa guerra" e que seu Exército de Libertação Popular age em resposta a provocações e interferências estrangeiras. Por sua vez, Tsai Ing-wen, presidente taiwanesa, diz que Taiwan já é um país independente.
Após a nova incursão pelas Forças Aéreas chinesas perto de Taiwan, a China afirma que tais exercícios serão realizados regularmente no futurohttps://t.co/wJFwIkuvqJ
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 6, 2021
Taiwan e China têm reivindicações de ADIZ recorrentes, com Taipé relatando no início deste mês que havia registrado 380 "incursões" de aeronaves chinesas em sua ADIZ em 2020. A zona da China também se sobrepõe às da Coreia do Sul e do Japão, resultando em frequentes tensões entre os países asiáticos e seus aliados. A ADIZ de Taiwan foi formulada pelos militares dos EUA após a Segunda Guerra Mundial.
Pequim considera Taiwan uma província separatista e espera ver a ilha unificada com a República Popular da China em algum momento no futuro. Taiwan, por sua vez, há muito governado por forças nacionalistas chinesas que fugiram para Taiwan após o fim da Guerra Civil na China em 1949, reivindica toda a China continental, Mongólia, bem como territórios pertencentes à Rússia, Tajiquistão, Paquistão, Afeganistão, Japão, Índia, Butão e Birmânia.