O movimento finaliza um período de seis décadas na ilha em que o partido foi comandado por um integrante da família Castro. Espera-se que Raúl Castro entregue a liderança da legenda ao presidente cubano Miguel Díaz-Canel.
"O General do Exército [Raúl Castro] disse ter a satisfação de entregar a liderança do país a um grupo de dirigentes preparados, endurecidos por décadas de experiência na transição da base para altas responsabilidades, comprometidos com a ética da revolução, identificados com a história e cultura da nação, cheia de paixão e espírito anti-imperialista, e sabendo que representam a continuidade da revolução", escreveu, em nota, o Partido Comunista de Cuba.
O primeiro-secretário do Partido Comunista, conforme a Constituição de Cuba, é a "força motriz superior da sociedade e do Estado".
Durante sua gestão como chefe do país (2008-2018), Raúl Castro promoveu mudanças importantes na ilha como o reconhecimento do trabalho privado; a autorização de compra e venda de carros e casas, até então proibida em Cuba; a reestruturação de ministérios e agências para buscar dar mais vitalidade à economia nacional; e o relaxamento das restrições migratórias.
Em 2018, fiel ao aviso de que deixaria o poder após um segundo mandato, entregou a liderança do país ao atual presidente Miguel Díaz-Canel, que o substituiu no cargo.