"No ano passado, para testes em condições de combate, ao agrupamento de tropas russo na Síria foi entregue um lote experimental de munições para fogo de barragem Lancet, fabricadas pelo [consórcio] Kalashnikov. Com ajuda destes drones, foram levados a cabo várias dezenas de ataques precisos contra os terroristas. Foi comprovada a alta eficácia do novo sistema", disse a fonte.
De acordo com ela, trata-se de um novo tipo de armamento para o Exército russo, cuja tática de uso ainda está sendo estudada. A fonte reforçou que outros drones "kamikaze" russos, como o Kub, estão sendo usados na Síria desde 2019.
Munição promissora
A munição para fogo de barragem Lancet foi desenvolvida pela empresa ZALA AERO, que faz parte do consórcio Kalashnikov. O peso máximo de decolagem do drone é 12 quilos e o peso da carga explosiva é 3 quilos. O drone é equipado com asa em formato de cruz. O Lancet-3 é lançado a partir de uma catapulta. A aterrissagem da munição não é prevista, pois o drone é projetado para explodir ao atingir o alvo inimigo.
O Lancet possui uma velocidade de até 110 km/h, porém, ao entrar em mergulho contra um alvo de superfície ou aéreo é capaz de atingir até 300 km/h. A distância máxima de controle da munição é de 40 quilômetros.
Missão russa na Síria
A Rússia enviou tropas à Síria em 2015 a pedido do presidente sírio Bashar Assad, cujo governo teve de entrar em confronto com organizações terroristas.
Em 11 de dezembro de 2017, o presidente russo Vladimir Putin ordenou o fim da operação da Força Aeroespacial russa no país árabe e a retirada do grupo aéreo de ataque. No momento, na Síria funcionam em permanência a base aérea em Hmeymim e o posto de manutenção técnica naval em Tartus. Até o final de 2018, a maior parte dos militares russos tinha abandonado a Síria. Atualmente, no país ainda estão presentes conselheiros militares, destacamentos de operações especiais, bem como especialistas do Centro Russo de Reconciliação para a Síria e unidades da Polícia Militar.