Coreia do Norte se recusa a dialogar com Japão e o acusa de 'embelezar e distorcer' sua história

© REUTERS / KCNAMonumento com as estátuas de bronze dos líderes Kim Il-sung e Kim Jong-il em Pyongyang
Monumento com as estátuas de bronze dos líderes Kim Il-sung e Kim Jong-il em Pyongyang - Sputnik Brasil, 1920, 18.04.2021
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O desejo do premiê japonês, Yoshihide Suga, de dialogar com Coreia do Norte foi recebido com críticas em Pyongyang, enquanto o principal jornal norte-coreano sublinhou as históricas agressões japonesas contra a Coreia do Norte.

O jornal Rodong Sinmun, órgão do Partido dos Trabalhadores norte-coreanos, citado pela agência Yonhap, lançou um artigo no qual critica veemente o Japão por "ocupar a península da Coreia durante a primeira metade do século XX, e de participar de uma política bárbara para aniquilar as pessoas".

A península coreana, segundo o artigo, esteve sob domínio japonês desde 1910 até 1945, durante o qual o Japão teria "pilhado a riqueza cultural e recursos naturais em quantidades sem preço". O Japão, diz o autor, persistiria em "embelezar e distorcer" seu passado problemático.
© REUTERS / TOM BRENNERO primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, dá entrevista coletiva conjunta com o presidente dos EUA, Joe Biden, no Rose Garden da Casa Branca em Washington, EUA, em 16 de abril de 2021
Coreia do Norte se recusa a dialogar com Japão e o acusa de 'embelezar e distorcer' sua história - Sputnik Brasil, 1920, 18.04.2021
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, dá entrevista coletiva conjunta com o presidente dos EUA, Joe Biden, no Rose Garden da Casa Branca em Washington, EUA, em 16 de abril de 2021

Este artigo de tom acusador chega pouco tempo depois de Suga ter declarado, na sexta-feira (16), estar pronto para se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong-um, para resolver assuntos pendentes, entre os quais o sequestro de cidadãos japoneses pela Coreia do Norte há várias décadas.

No início deste mês, Pyongyang teria também informado que o seu Comitê Olímpico decidiu não participar nos Jogos Olímpicos em Tóquio neste ano, de modo a proteger seus atletas da "situação de crise de saúde global relacionada com o coronavírus".
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