No sábado (17), a República Tcheca decidiu expulsar 18 diplomatas russos do país como forma de retaliação contra Moscou. O governo tcheco acusa os diplomatas de envolvimento nas explosões em um depósito de munição em Vrbetice, em 2014, onde dois cidadãos tchecos foram mortos. A chancelaria russa considerou as acusações "absurdas".
Após a decisão de Praga, o embaixador tcheco na Rússia, Vitezslav Pivonka, foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores russo, mais cedo neste domingo (18). Conforme informações de um correspondente da Sputnik, o diplomata tcheco entrou no prédio do ministério sem fazer comentários e deixou o local após 20 minutos.
À mídia russa, Pivonka afirmou que foi informado sobre as medidas que Moscou tomaria em resposta à decisão de Praga de expulsar diplomatas russos. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia já havia afirmado anteriormente que haveria retaliação diante da expulsão de seus funcionários na República Tcheca.
A representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, disse mais cedo, neste domingo (18), que a Rússia em breve estabeleceria medidas recíprocas diante da expulsão dos diplomatas.
Polícia tcheca coloca 2 russos em lista de procurados
Além da expulsão dos diplomatas, a polícia tcheca também colocou dois russos - Aleksandr Petrov e Ruslan Boshirov - em sua lista de procurados. As autoridades tchecas não afirmaram diretamente se há suspeitas relacionadas às explosões de 2014.
Ainda de acordo com as autoridades tchecas, os dois cidadãos russos estiveram no país em outubro de 2014 e teriam usado pelo menos dois passaportes.