Os níveis de base para o cálculo do governo norte-americano são as emissões registradas em 2005.
A meta foi revelada no início da Cúpula do Clima organizada pelos Estados Unidos e surge em um momento em que o país busca recuperar a liderança global na luta contra o aquecimento global após o governo Donald Trump.
Também representa um marco importante no ambicioso plano de Biden de descarbonizar inteiramente a economia norte-americana até 2050. Esta é uma agenda que, segundo Biden, pode criar milhões de empregos bem remunerados, mas que muitos republicanos dizem temer que prejudique a economia.
Espera-se que os cortes de emissões venham de usinas de energia, automóveis e outras áreas da economia, mas a Casa Branca não estabeleceu metas individuais para setores específicos, conforme noticia a Reuters.
Today I’m bringing together leaders from around the world to meet this moment of climate peril, and extraordinary opportunity. No nation can solve this crisis on its own, and this summit is a step on a path to a secure, prosperous, and sustainable future. https://t.co/lcUUsgyEo3
— President Biden (@POTUS) April 22, 2021
Hoje estou reunindo líderes de todo o mundo para enfrentar este momento de perigo climático e oportunidade extraordinária. Nenhuma nação pode resolver esta crise por conta própria, e esta cúpula é um passo no caminho para um futuro seguro, próspero e sustentável.
A nova meta dos EUA quase duplica a promessa do ex-presidente Barack Obama de cortar as emissões de 26% a 28% abaixo dos níveis de 2005 até 2025.
O presidente norte-americano anunciou recentemente um aporte de US$ 2 trilhões (R$ 10,89 trilhões) para a aplicação de medidas que podem proporcionar alguns dos cortes de emissões necessários para esta década. Estas medidas, no entanto, precisam ser antes aprovadas pelo Congresso dos EUA.
"Quando fecharmos esta cúpula na sexta-feira [23], iremos comunicar inequivocamente: os EUA estão de volta", disse Biden.
A Cúpula do Clima, que começa nesta quinta-feira (22) e terá fim nesta sexta-feira (23), conta com representantes de 40 países, incluindo o presidente Jair Bolsonaro.
Os líderes mundiais pretendem limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, um limite que os cientistas estimam que pode prevenir os piores impactos das mudanças climáticas.