Até agora, ainda não existem quaisquer conclusões claras e definitivas. A Pfizer, por sua vez, disse que não observou um crescimento da condição em estudo, referindo que a existência da mesma seria esperada na população, informa a agência Reuters.
Nachman Ash, coordenador da resposta à pandemia do Estado judaico, disse que os estudos primários mostraram "dezenas de incidentes" de miocardite (ou inflamação do miocárdio) ocorridos nos mais de cinco milhões de cidadãos vacinados, principalmente após receberem a segunda dose da vacina contra a COVID-19.
A maioria das pessoas afetadas seria de sexo masculino e teria, pelo menos, 30 anos de idade, mas ainda não há certeza se a ocorrência de tais incidentes é mais alta do que o normal, ou se a probabilidade aumenta com a inoculação da vacina.
Contudo, Ash explica que seria difícil determinar uma ligação direta entre a miocardite e a inoculação com vacina da Pfizer, pois a condição cardíaca em questão, geralmente, tende a desaparecer sem problemas, e pode ser causada por vários tipos de vírus, tendo também um número de casos semelhante de miocardite sido registrado no ano passado, refere a mídia.
A farmacêutica Pfizer, contatada pela Reuters, afirmou estar em contato regular com o Ministério de Saúde de Israel, para revisar a informação coletada sobre seu imunizante.
É importante sublinhar, no entanto, que Israel tem sido um líder mundial no campo da vacinação contra a COVID-19, sendo que quase 60% de sua população de 9,3 milhões já se encontram vacinados com a vacina da Pfizer, demonstrando que a inoculação da mesma tem ajudado na prevenção de sintomas e de doenças graves associadas à COVID-19.