Cientistas do Instituto Scripps de Oceanografia da Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, determinaram que no fundo do mar ao largo de Los Angeles e da ilha de Santa Catalina se encontram ao menos 25 mil barris que, pelo forte brilho da assinatura acústica e peculiar forma, apontam para a possível presença de diclorodifeniltricloroetano (DDT), um composto tóxico que antes de ser proibido era utilizado nos inseticidas.
Milhares de barris contendo provavelmente DDT foram encontrados em um lugar que se acredita ter sido um depósito de lixo tóxico submarino dos tempos da Segunda Guerra Mundial, segundo estudo publicado pelo Los Angeles Times.
Os especialistas mapearam mais de 14.500 hectares do leito marinho entre a ilha de Santa Catalina e a costa de Los Angeles, em uma região onde anteriormente haviam sido descobertos elevados níveis desta substância tóxica em sedimentos e no ecossistema, registrando imagens de 27.345 objetos em forma de barril.
O isótopo radioativo identificado, cesium-137, mesmo que em baixos níveis, é considerado prejudicial à saúde. As quantidades medidas no mel apontam que ainda há uma pequena contaminação nuclear devido aos testes de bombas dos EUAhttps://t.co/hOAuUORpy7
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 21, 2021
Eric Terrill, cientista responsável pela exploração e diretor do Laboratório de Física Marinha do Instituto Scripps de Oceanografia afirmou que a magnitude do território afetado é "alarmante".
O impacto a longo prazo na vida marinha e no ser humano ainda é desconhecido, indicou a oceanógrafa química Lihini Aluwihare, professora de geociências do Instituto Scripps.
"Estes resultados também geram dúvidas sobre a exposição contínua e o possível impacto na saúde dos mamíferos marinhos, especialmente depois que foi demonstrado que o DDT tem um impacto multigeracional no ser humano", afirmou.