Segundo informações da agência Yonhap, o governo sul-coreano planeja criar um imposto de 20% sobre ganhos de capital de transações de ativos virtuais a partir do próximo ano.
Os investidores de bitcoins e outras criptomoedas contestam o plano, alegando que as autoridades deveriam, no mínimo, aplicar os mesmos padrões de tributação às transações com ações.
Segundo o governo, investidores em ações e títulos deverão pagar impostos sobre ganhos de capital superiores a US$ 45 mil (cerca de R$ 244 mil). O ministro das Finanças, Hong Nam-ki, disse ainda que foi planejado cobrar um imposto sobre os lucros da negociação de ativos virtuais.
"Quando os ganhos de capital são gerados a partir de transações de ativos virtuais, não podemos deixar de impor o imposto para promover a igualdade tributária", disse Hong a repórteres.
De acordo com as leis tributárias da Coreia do Sul, o país cobra impostos sobre os lucros de ativos intangíveis (como capital intelectual, direitos autorais ou direitos de marcas registradas).
Ativos criptográficos são categorizados como ativos intangíveis, de acordo com as regras de contabilidade internacionais, e portanto passíveis de serem submetidos a uma categoria diferente de impostos. Em sua fala, Hong reiterou que as criptomoedas são ativos virtuais sem valor intrínseco.
"Ativos criptográficos estão expostos a altas flutuações de preços e riscos de investimento. Os investidores devem estar cientes de que podem sofrer danos extremamente elevados, em comparação com outros ativos de investimento", disse ele.
As autoridades financeiras da Coréia do Sul lançaram uma forte repressão contra qualquer ilegalidade envolvendo criptomoedas, como lavagem de dinheiro, em meio à disparada dos preços do dinheiro virtual.
Os investidores passaram a comprar mais as moedas virtuais, pois elas se tornaram um ativo lucrativo em meio ao novo surto do coronavírus na Ásia, enquanto o mercado de ações permanece monótono e desinteressante.