O artigo, publicado pela revista militar Ordnance Industry Science Technology, revela que é esperado que o caça de quinta geração consiga realizar mais tarefas à medida que a tecnologia evolui e um segundo tripulante seria necessário para executar algumas dessas funções, escreve o jornal South China Morning Post.
"O surgimento da versão de dois lugares do J-20 ocorre porque a missão do J-20 se diversificou e a China precisa de um caça mais capaz", escreve a revista militar. Informa-se ainda que a dita versão da aeronave seria equipada com aparelhos eletrônicos mais avançados em comparação com outros aviões chineses de dois lugares.
A revista nota que "seria facílimo para o J-20 executar tarefas [de interferência eletrônica] graças a sua potente capacidade de fornecimento de energia, radar de controle de tiros e sistema de aviônicos integrado".
"Podemos imaginar que o piloto dianteiro será responsável por pilotar a aeronave, enquanto o piloto sentado atrás estará encarregado de controlar a plataforma de interferência eletrônica, tornando o J-20 um pesadelo para o equipamento eletrônico do inimigo."
Além disso, o segundo membro da tripulação poderia controlar uma frota de veículos aéreos não tripulados.
"Os drones poderiam fazer [o papel] de isca a fim de atrair aviões inimigos ou aeronaves furtivas […] eles também podem coletar dados de inteligência, realizar ataques contra sistemas de defesa antiaérea e ganhar superioridade aérea", conclui o artigo.
O J-20 foi revelado pela primeira vez em novembro de 2016, quando dois caças voaram em formação durante um show aéreo na China.
Caça J-20, também conhecido como Mighty Dragon (Dragão Poderoso), é um caça furtivo que pode operar em quaisquer condições climáticas e possui capacidade de realizar ataques de precisão que entrou em serviço em 2017.