"548 denúncias da Defensoria e de plataformas dos direitos humanos de supostos desaparecimentos [de 28 de abril a 7 de maio]", diz um relatório conjunto da Defensoria e do Ministério Público, citado pelo site Infobae.
No entanto, o Ministério Público avisou que esse número está sujeito à "verificação" e que apresentará as cifras atualizadas nas próximas horas.
O relatório indica ainda que 26 pessoas foram mortas no contexto dos protestos, sendo que 11 estão "diretamente ligadas aos acontecimentos", enquanto sete homicídios ainda "estão em apuração".
Da mesma forma, as entidades indicaram na nota que 189 pessoas foram localizadas e que 359 "estão em processo de verificação e localização".
Em um relatório independente, a Defensoria Pública também informou que 364 civis e 41 membros das forças de segurança foram feridos no contexto das manifestações.
Siguen las marchas del #ParoNacional8M en Colombia. Hoy con mujeres, madres de desaparecidos y organizaciones feministas. En Bogotá manifestaron en una de las autopistas que cruzan la capital. Sin violencia pero con determinación. Informe con @MarinaSardina_ para @France24_es pic.twitter.com/PVGA0xOpBx
— Lionel Poussery (@Lionel_Poussery) May 8, 2021
Seguem as marchas de paralisação nacional na Colômbia. Hoje [8] com mulheres, mães de desaparecidos e organizações feministas. Em Bogotá, o protesto ocupou uma das vias expressas que cortam a capital. Sem violência, mas com determinação.
A Colômbia completou 11 dias de protestos neste sábado (8). Os manifestantes rejeitam uma polêmica reforma tributária promovida pelo governo, que, devido à pressão das mobilizações, teve que retirá-la no último domingo, 2 de maio.
No entanto, as manifestações continuaram a exigir outras medidas do governo, incluindo a retirada do projeto de reforma da saúde, a desmilitarização do campo e das cidades, o cumprimento do acordo de paz com as FARC e o desmantelamento de organizações criminosas.
Diante desses abusos, as Nações Unidas (ONU), a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União Europeia (UE) e diversas organizações de direitos humanos, entre outras, denunciaram à comunidade internacional o uso desproporcional da força por parte da polícia colombiana.