Andrej Babis, primeiro-ministro da República Tcheca, disse no sábado (8) que pediu a outros líderes da União Europeia (UE) que considerassem expulsar "pelo menos um" diplomata russo em solidariedade com Praga por causa das explosões em 2014 do depósito de munição em Vrbetice.
Enquanto falava com repórteres antes de uma reunião informal da UE no Porto, Portugal, Babis sugeriu que o bloco deveria tratar qualquer "ataque" contra um Estado-membro como um ataque contra todos.
Ele acrescentou que os líderes do bloco europeu tiveram uma discussão profunda sobre o assunto na sexta-feira (7) à noite, à margem da cúpula, mas não tomaram nenhuma decisão por escrito, já que a reunião foi informal.
Uma discussão mais ampla sobre as relações UE–Rússia é esperada na próxima cúpula do Conselho Europeu no final de maio, observou o alto responsável.
Em abril, a República Tcheca declarou 18 diplomatas russos personae non gratae. De acordo com Babis, a razão para tal atitude é a suspeita de que oficiais da inteligência militar russa estariam envolvidos nas explosões de 2014, que mataram dois cidadãos tchecos.
Moscou, que nega firmemente as alegações, retaliou com a expulsão de 20 diplomatas tchecos, o que, por sua vez, levou Praga a expulsar mais diplomatas para fora do país em resposta.