No estudo, que observou a infecção em crianças e adultos que moram na mesma residência, os mais velhos desenvolveram anticorpos contra a COVID-19 antes dos seus filhos. Isso mostra, segundo os cientistas, que a transmissão ocorre mais a partir dos adultos.
"As crianças foram infectadas após ou concomitantemente às pessoas que moram no domicílio, principalmente seus pais. Nesta medida, nossos resultados preliminares sugerem que as crianças não parecem ser a fonte da infecção, adquirindo, mais frequentemente, o SARS-CoV-2 dos adultos, em vez de lhes transmitir", indicam os pesquisadores.
Além da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), assinam o estudo cientistas da Universidade da Califórnia e da Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres.
Os resultados, publicados na revista Pediatrics, da Sociedade Americana de Pediatria, ainda serão revisados pela comunidade científica.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro detectou uma nova variante do SARS-CoV-2 em circulação no estado. A cepa é uma mutação da linhagem P1, que surgiu em Manaus (AM), e recebeu o nome de P.1.2 https://t.co/5w7M0vW8u9
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) May 6, 2021
No estudo, os pesquisadores analisaram a transmissão do coronavírus na comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, de maio a setembro de 2020. Ao todo, participaram 667 pessoas, sendo 323 crianças de 0 a 13 anos, 54 adolescentes de 14 a 19 anos e 290 adultos.
Na publicação, os cientistas afirmam que as descobertas "sugerem que, em ambientes como o nosso, escolas e creches podem ser reabertas com segurança se medidas adequadas de mitigação de COVID-19 estiverem em vigor e os funcionários devidamente imunizados".