De acordo com o executivo da Pfizer, o governo federal não respondeu a propostas apresentadas pela farmacêutica entre agosto e setembro de 2020 sobre contratos que estipulavam um cronograma de fornecimento de 1,5 milhão de doses da vacina em dezembro de 2020.
"Nossa oferta de 26 de agosto, como era vinculante, e como estávamos nesse processo com todos os governos [de outros países] tinha validade de 15 dias. Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou, mas tampouco aceitou", afirmou Murillo.
O gerente-geral da Pfizer destacou que foram apresentadas ao governo federal três propostas em agosto que ficaram sem respostas, sendo que primeira oferta, feita em 14 de agosto, previa fornecimento de 30 milhões de doses e posteriormente 70 milhões. Os lotes começariam a ser entregues no final de 2020.
Carlos Murillo também confirmou que a Pfizer enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro em 12 de setembro, com cópia para integrantes da cúpula do governo, reforçando o interesse da empresa em fazer negócio com o Brasil.
Na última quarta-feira (12), o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, em seu depoimento à CPI, afirmou que a carta ficou dois meses sem resposta.