Supercomputador revela por que vento solar continua a mais de 100.000 graus quando chega à Terra

© Foto / ESA/ATG medialabRepresentação artística da sonda Solar Orbiter
Representação artística da sonda Solar Orbiter - Sputnik Brasil, 1920, 18.05.2021
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Uma equipe de cientistas usou simulações por supercomputador da Universidade de Leicester, Reino Unido, para resolver o mistério da altíssima temperatura das ejeções de massa coronal do Sol ao chegarem à Terra.

O gás expelido constitui parte do vento solar e, quando atinge o campo magnético terrestre, pode causar tempestades geomagnéticas.

Quando esta corrente de partículas carregadas chega ao campo magnético de nosso planeta, a sua temperatura alcança entre 100.000 e 200.000 graus centígrados, dez vezes mais do que o esperado.

Um novo estudo publicado na revista Journal of Plasma Physics, baseado nestas simulações, sugere que o vento solar permanece quente por mais tempo devido à reconexão magnética em pequena escala, que é formada na turbulência do vento solar.

Este fenômeno ocorre quando duas linhas opostas do campo magnético são rompidas e reconectadas entre si, liberando enormes quantidades de energia.

"A reconexão magnética é produzida de forma quase espontânea e constante no turbulento vento solar. Este tipo de reconexão é produzido apenas em uma área de centenas de quilômetros, que é realmente pequena em comparação com as vastas dimensões do espaço", afirmou o autor principal do estudo, Jeffersson Agudelo.

"Utilizando a potência dos supercomputadores, pudemos abordar este problema como nunca. Os eventos de reconexão magnética que observamos na simulação são tão complicados e assimétricos que seguimos analisando", adicionou.

Agora, a equipe pretende comparar as simulações com dados reais da sonda Solar Orbiter, projetada para pesquisar as origens e as causas do vento solar, bem como estudar o funcionamento do Sol.

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