O Fed, que é o banco central norte-americano, estuda há vários anos os benefícios e custos do possível lançamento de um dólar digital nos Estados Unidos e vai dar mais atenção ao assunto nos próximos meses, declarou o presidente da instituição, Jerome Powell, em um vídeo publicado na quinta-feira (20).
@federalreserve Chair Jerome H. Powell outlines the Federal Reserve’s response to technological advances driving rapid change in the global payments landscape: https://t.co/hXpDHMZAo7 https://t.co/2QfngEupsP
— Federal Reserve (@federalreserve) May 20, 2021
O presidente Jerome H. Powell descreve a resposta do Fed aos avanços tecnológicos que geram mudanças rápidas no cenário global de pagamentos.
A fim de "estimular uma ampla conversa", a entidade publicará um documento de discussão neste verão (inverno no Hemisfério Sul) que resumirá "o pensamento atual sobre pagamentos digitais, com foco especial nos benefícios e riscos associados" às moedas digitais de bancos centrais, e vai enfatizar o contexto norte-americano, anunciou o presidente.
Powell abordou a tecnologia de contabilidade distribuída que está por trás das criptomoedas, como bitcoin, e mencionou separadamente as "stablecoins" vinculadas ao dólar ou a outras moedas nacionais, mas todas essas variantes implicam riscos para os usuários e o sistema financeiro. Portanto, o Fed pensa em uma forma digitalizada do dólar, emitida e controlada pelo próprio e com o qual a população está familiarizada.
O representante da entidade crê que, "embora várias estruturas e tecnologias possam ser usadas", a eventual moeda digital "poderia ser projetada para uso pela população em geral". No entanto, sua circulação não deve desafiar as formas digitalizadas de circulação do dólar no setor privado que existem hoje, como os depósitos de bancos comerciais, de acordo com a mensagem.
Quase um ano atrás, uma equipe do Fed em Boston começou a trabalhar com pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) para prever os efeitos do lançamento de uma moeda digital apoiada pelo estado nos EUA.
Além disso, a medida é promovida por democratas progressistas, assim como a abertura de contas no banco central (cujas funções o Fed desempenha) para cada cidadão como forma de ajudar os americanos pobres, que não têm acesso ao sistema bancário, de acordo com o MarketWatch.