Entre as medidas anunciadas pelo ministro da Saúde, Queiroga comunicou o envio de 600 mil testes de COVID-19 ao Maranhão. O governo vai implementar barreiras sanitárias em aeroportos, rodoviárias e rodovias para conter a entrada da variante.
De acordo com o ministro da Saúde, todos os passageiros que passarem por aeroportos ou pelas fronteiras do estado precisarão fazer o teste rápido.
"Qualquer passageiro que apresentar um teste rápido positivo, fará um RT-PCR com pesquisa genômica no intuito de detectarmos a possibilidade da variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem surgir em outros estados e a conduta será a mesma", explicou Queiroga.
Rodrigo Otávio Cruz, secretário executivo do Ministério, explicou que a pasta está seguindo uma estratégia de busca ativa dos casos.
"A ideia é que a gente faça uma busca ativa em locais de circulação e pontos de saída buscando pessoas sintomáticas e assintomáticas", afirmou, segundo informações do jornal O Globo.
"As equipes de saúde farão uma triagem dos passageiros, dos grandes equipamentos de movimentação de pessoas. A gente vai buscar as pessoas sintomáticas e assintomáticas para fazer o teste, em caso de resultado positivo se isola e vai investigar para ver se o vírus corresponde a uma variante indiana", afirmou.
O Brasil chegou a suspender voos da Índia na semana passada, após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Voos de origem na Inglaterra, Irlanda do Norte e África do sul também estão suspensos porque a variante também foi identificada nesses países.
Queiroga disse que não há indícios de transmissão comunitária da variante indiana, mas que a pasta faz monitoramento. O ministro afirmou que a distribuição dos 2,4 milhões de testes que a pasta tem vai começar com prioridade no Maranhão, devido ao caso da variante indiana, e também a regiões de fronteira e aeroportos.
A cepa indiana no Brasil
O governo do Maranhão confirmou na quinta-feira (20) os primeiros casos oficiais da cepa indiana (também chamada de B.1.617.2) do coronavírus no Brasil. A variante está presente em 51 países, e o Brasil é segundo na América do Sul a ter identificado a cepa.
Ao todo, 15 pessoas que estavam a bordo do navio MV Shandong da Zhi, ancorado no litoral do Maranhão, apresentaram sintomas da COVID-19 assim que desembarcaram.
Dessas, seis testaram positivo para a cepa indiana a partir de um estudo genômico. Porém, cerca de 100 pessoas tiveram contato com os infectados, aumentando as possibilidades um surto na região.